Serviço público uniformiza coleta de dados da população LGBTQIA+


Órgãos Públicos Federais Adotam Formulário Padrão para Atendimento de Pessoas LGBTQIA+

Os órgãos públicos federais deverão utilizar um formulário padrão para o atendimento de pessoas LGBTQIA+, que representa a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, trans (transgêneros e travestis), queer, intersexuais, assexuais e demais orientações sexuais e identidades de gênero. Este documento foi disponibilizado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) na última sexta-feira (6).

Objetivos da Uniformização

A Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ informa que a uniformização da coleta de dados busca combater a violência e garantir acesso ético e respeitoso às informações no espaço público.

A secretária Symmy Larrat destaca:

“A uniformização dos questionamentos direcionados às pessoas LGBTQIA+ visa garantir o acesso às ações reparatórias e afirmativas da gestão pública e promover um atendimento qualificado e humanizado para essas pessoas”.

Inclusão de Identificação de Gênero

A inclusão de campos para identificação de gênero e orientação sexual é considerada essencial para a elaboração de políticas públicas adequadas à população LGBTQIA+. Bruna Benevides, presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), afirma:

“Saber quantas somos e quem somos é medida básica para a democracia e para o reconhecimento da cidadania de grupos minoritários”.

Coleta de Dados

O formulário apresenta questões sobre identidade de gênero, orientação sexual e características sexuais, além de ressaltar direitos já conquistados, como a obrigatoriedade do uso do nome social. Este direito assegura que a pessoa seja reconhecida pelo nome com o qual se identifica, respeitando sua identidade de gênero, independentemente do nome no registro civil.

Conforme o Decreto nº 8.727, de 2016:

“Todas as publicações, chamadas orais ou quaisquer outras atividades públicas realizadas que incluam o nome das pessoas, devem adotar o nome social do cidadão e não do nome civil”.

Bruna Benevides também enfatiza a importância da linguagem inclusiva:

“O nome social é uma política que assegura a dignidade das pessoas trans e precisa estar em todos os bancos de dados de forma simplificada precedendo o nome de registro”.

Direitos Fundamentais

O tratamento respeitoso às pessoas LGBTQIA+ nos órgãos públicos é um direito fundamental e uma obrigação legal. Medidas para promover inclusão e equidade incluem:

  • Respeito à identidade de gênero e orientação sexual
  • Acesso igualitário aos serviços públicos sem discriminação
  • Criação de ambientes seguros e acolhedores

A realização de treinamentos para servidores públicos e campanhas de conscientização sobre diversidade sexual e de gênero são essenciais para promover o respeito e a inclusão.

Denúncias de Violências

O Disque Direitos Humanos (Disque 100) é um canal disponível 24 horas por dia para receber denúncias de violências. Este serviço gratuito e anônimo do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania analisa e encaminha as denúncias de violações de direitos humanos, atuando todos os dias, inclusive feriados.



Fonte: EBC

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