Quanto Tempo Sem Treinar Impacta Seus Resultados? Descubra Como Retomar a Rotina


A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todo adulto pratique entre 150 a 300 minutos de atividades físicas moderadas por semana. Apesar do conhecimento geral sobre a importância da atividade física, muitas pessoas acabam abandonando os treinos, seja temporariamente ou de forma permanente. Mas o que leva à desistência dos exercícios físicos? E quais são as consequências para o corpo quando paramos de nos exercitar?

Um estudo publicado na Revista Brasileira de Psicologia do Esporte revela que a falta de tempo é frequentemente citada como o principal fator que leva ao abandono dos exercícios. Além disso, a distância entre a academia e a residência e a falta de motivação também contribuem para essa desistência.

Os efeitos da pausa na atividade física são sentidos em um período que varia de quatro a doze semanas, dependendo do tipo de treinamento que a pessoa estava realizando. Segundo Anderson Téu, educador físico e personal trainer da rede Academia Gaviões, as perdas começam a ser notadas na capacidade respiratória, no desenvolvimento muscular, e na força e resistência. “A capacidade cardiorrespiratória pode ser perdida em quatro semanas de inatividade; a massa muscular, em duas a quatro semanas sem exercícios”, alerta Téu.

Como amenizar as perdas

O processo de perda de condicionamento físico é semelhante para todos, mas alguns fatores podem atenuar esses efeitos. “Pessoas que tiveram um bom histórico de treinamento no passado podem ter uma vantagem, pois suas capacidades de coordenação e recomposição física se mantêm por mais tempo”, explica Téu. Além disso, a idade e a qualidade da alimentação são determinantes na recuperação do condicionamento físico.

Para aqueles que precisam ficar inativos por um tempo, Téu sugere a realização de exercícios livres, que podem ser feitos em casa ou em locais públicos, para manter a força e o condicionamento.

Retomada das atividades

Retomar a prática de exercícios após um período de inatividade deve ser feito com acompanhamento profissional. Um plano de readaptação deve respeitar os limites do corpo, começando com cargas leves e volumes reduzidos, evitando frustrações e permitindo uma evolução gradual. José Adeirton, educador físico e personal trainer da mesma rede, ressalta a importância de respeitar as necessidades do corpo: “Não tenha pressa, descanse e se alimente bem; logo você perceberá os resultados voltando”.

A memória muscular pode ser ativada em média em duas semanas, permitindo que a pessoa treine normalmente novamente. É fundamental levar em conta fatores individuais, como o uso de medicamentos ou condições médicas que possam restringir os movimentos. Apenas um profissional qualificado pode elaborar uma rotina personalizada e segura, garantindo a eficácia do treinamento e a saúde do praticante.



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