Quais são os perigos de se alimentar apenas uma vez ao dia, como fez Carolina Dieckmann?


A atriz Carolina Dieckmann, de 46 anos, utilizou suas redes sociais na segunda-feira (20) para responder a perguntas de seguidores, incluindo detalhes sobre seu processo de emagrecimento no último ano. Durante a preparação para um filme, a atriz adotou uma dieta rigorosa, onde se alimentava apenas uma vez por dia. Ela explicou: “Fiz um filme em julho que eu achei que a personagem, o esgotamento dela, emocional, seria bom que no físico isso tivesse também uma resposta. Eu fiz um jejum muito difícil de fazer, mas com acompanhamento médico, com exames, recolocando vitaminas que não conseguia pela alimentação, eu comia uma vez por dia.”

Carolina enfatizou que não pretende divulgar muito sobre seu método, pois acredita que “o que eu faço, não serve para qualquer pessoa.”

A médica nutróloga Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), alerta que consumir apenas uma refeição por dia pode acarretar riscos significativos à saúde, como:

  • Déficit de macronutrientes e micronutrientes
  • Perda de massa magra
  • Alterações metabólicas
  • Comprometimento da saúde intestinal
  • Impactos psicológicos
  • Efeitos cardiovasculares

Garcez destaca que, sem o devido acompanhamento médico e suplementação adequada, esses riscos podem se agravar, levando a “deficiências nutrológicas graves” e problemas como anemia, osteopenia, imunossupressão e disfunções neurológicas.

Embora as dietas restritivas possam proporcionar emagrecimento rápido, elas frequentemente resultam em ganho de peso posteriormente. A nutricionista Elaine Rosa, da Clínica Simone Neri, explica que “a restrição calórica pode reduzir a taxa metabólica, fazendo com que tenha, depois, ganho de peso.” Além disso, tais dietas podem causar fadiga crônica, distúrbios alimentares e psicológicos. “Uma pessoa que faz uma dieta restritiva, com muita restrição de carboidratos, pode começar a ter distúrbios mentais e psicológicos por falta de energia e pela mudança de humor”, alerta Rosa.

Os riscos associados a dietas restritivas aumentam para pessoas acima de 30 anos, segundo Garcez. Ela explica que, embora a perda de peso rápida possa ser atrativa por razões específicas, como a preparação para um papel, é fundamental priorizar a saúde a longo prazo. “A orientação de um médico nutrólogo ou de um nutricionista capacitado é essencial para minimizar riscos, prevenir deficiências e assegurar que o corpo seja nutrido adequadamente.”

A perda de massa muscular também se torna mais comum após os 30 anos. Rosa complementa que “a dieta restritiva é muito mais arriscada devido à redução do metabolismo basal, à perda de massa muscular, alterações hormonais, além da redução de densidade óssea.”

Para aqueles que têm interesse no método OMAD (One Meal A Day), que se refere a uma versão extrema do jejum intermitente, é importante considerar os riscos e buscar informações adequadas antes de adotar qualquer plano alimentar.



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