Policiais Detidos Revelam: ‘Psicopata’, Segundo Empresário do PCC


Os agentes da Polícia Civil de São Paulo, detidos em dezembro de 2024 pela Polícia Federal, descreveram Vinicius Gritzbach em depoimentos como uma pessoa “muito astuta”, “inteligente” e “psicopata”. Essas informações fazem parte de uma investigação da PF, que considera os testemunhos dos policiais delatados por Gritzbach, executado em novembro do ano anterior no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A revelação foi feita pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo.

Relação Conturbada

As investigações da PF, citadas pelo programa, indicam que os policiais tinham uma relação tensa com Gritzbach. Cinco policiais civis, incluindo o delegado Fábio Baena, mantinham vínculos com empresários e advogados associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A apuração revelou que esses agentes de segurança levavam um estilo de vida que não correspondia aos seus salários mensais como policiais.

Depoimentos Reveladores

Um dos agentes, Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, declarou que nunca teve contato com o empresário. “O Vinicius sempre foi um cara mauricinho lá no bairro, ele não dava bola para qualquer pessoa”, disse. Apesar de se descrever como “humilde e trabalhador”, um relatório da PF identificou movimentações de R$ 34 milhões em contas de uma pessoa que seria laranja de Bombom, que recebia um salário de R$ 12 mil.

Bombom também comentou sobre a apreensão de cerca de R$ 680 mil encontrados em sua residência, alegando que o dinheiro era de um amigo empresário e parte pertencia à sua sogra. Em contrapartida, Eduardo Monteiro, um dos principais assistentes de Baena, teria contatado o PCC em 2022 para negociar um “acerto” após a prisão de Gritzbach. Monteiro se referiu ao empresário como um “psicopata”, afirmando: “O Vinicius é um criminoso articulado, mentiroso e psicopata. Ele cria a história. Ele tenta desviar a investigação.”

Delações e Acusações

Gritzbach, em sua delação, alegou que o delegado Fábio Baena solicitou R$ 30 milhões para inocentá-lo de uma investigação de homicídio. Baena, por sua vez, defendeu-se afirmando: “Eu tinha muita preocupação. Minha família estava andando de carro blindado justamente por causa disso. Ele roubou o PCC, mandou matar o PCC. O que ele faria comigo?”.

No total, 26 pessoas suspeitas de envolvimento na execução de Vinicius Gritzbach, incluindo 22 policiais, foram presas pela Polícia Civil.

O caso continua a ser analisado pelas autoridades, enquanto a investigação avança em busca de mais esclarecimentos sobre as conexões e os eventos que cercam a morte do empresário.



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