O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recebeu uma petição solicitando que o Governo do Estado e a Prefeitura de Salvador não contratem a cantora Claudia Leitte para apresentações artísticas públicas. O pedido, apresentado pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) e pela Ialorixá Jaciara Ribeiro, acusa a artista de racismo religioso.
### Petição Protocolada
O documento foi protocolado na última quinta-feira (30) e, na terça-feira (4), o MP confirmou à CNN o recebimento da solicitação. O órgão agora irá avaliar o pedido, que foi enviado à Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa.
> “Importante ressaltar que o MP preza pela análise cautelosa das informações em todo e qualquer procedimento, respeitando aspectos legais e critérios técnico-jurídicos de apuração, com responsabilidade, respeito às partes e transparência”, afirmou o MP em nota.
### Entenda o Caso
Esta não é a primeira vez que o Idafro manifesta preocupação em relação à cantora. Em vídeos de shows realizados em dezembro, Claudia Leitte foi vista substituindo um trecho da música “Caranguejo”. A letra original menciona: “Saudando a rainha Iemanjá”. No entanto, a artista alterou a passagem para “Eu canto meu Rei Yeshua”, referindo-se a Jesus Cristo. Essa mudança gerou polêmica e críticas nas redes sociais, especialmente entre líderes religiosos e especialistas em cultura afro-brasileira.
A alteração da letra ocorre em um contexto significativo, já que Claudia Leitte se converteu em 2014 e se considera evangélica desde então. O início da investigação pelo MP foi motivado por uma representação apresentada em dezembro por Jaciara Ribeiro e pelo Idafro. O inquérito civil foi instaurado pela Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa do Ministério Público do Estado da Bahia.
A CNN buscou contato com a equipe de defesa da cantora para obter uma posição sobre a petição, mas ainda não recebeu resposta.
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