Justiça autoriza prisão de envolvido em homicídios em Tremembé


A Justiça paulista acatou o pedido de prisão temporária da Polícia Civil contra um segundo suspeito envolvido na morte de dois homens, de 28 e 52 anos, no assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no município de Tremembé.

Detalhes do Caso

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, as diligências continuam para prender este segundo homem e os demais envolvidos.

Citação: “O grupo criminoso que atacou a tiros o assentamento pretendia subtrair um lote de terra do assentamento rural, legalizado para a reforma agrária.” – Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

No ataque da última sexta-feira (10), além dos dois membros do movimento social mortos, seis pessoas ficaram feridas. Teixeira garantiu que a ação dos criminosos não irá constranger o programa de reforma agrária do governo federal.

Reações e Pedidos de Segurança

Em nota, o Partido dos Trabalhadores pediu uma reação “forte e imediata” das autoridades de segurança do estado de São Paulo e também da Polícia Federal.

Destaques:

  • O homem conhecido como Nero do Piseiro foi preso neste sábado (11) e teve sua prisão temporária decretada, permanecendo detido por pelo menos 30 dias.
  • Ele é apontado como mentor intelectual do crime e já tinha antecedente criminal por porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com a SSP, Nero foi reconhecido por testemunhas que viram os criminosos chegando ao local em carros e motos, e, momentos depois, começaram a atirar.

Interesses Imobiliários e Criminosos

Gilmar Mauro, da direção nacional do MST, afirmou que a área em que está instalado o assentamento em Tremembé desperta o interesse imobiliário de grupos criminosos devido à localização privilegiada.

Citação: “Essa região de muitos assentamentos próximos às zonas urbanas é motivo da sanha do capital imobiliário local.” – Gilmar Mauro

Ele também mencionou que o avanço dos grupos criminosos conta com a participação de milícias armadas, como a que cometeu os crimes na sexta-feira. Mauro destacou ainda a participação de políticos regionais no conluio com as milícias.

Um terceiro homem foi preso logo após o crime por equipes da Polícia Militar por porte ilegal de arma de fogo. No entanto, segundo a SSP, até o momento, sua ligação direta com o crime foi descartada, pois há indícios de que ele teria ido ao local para prestar socorro às vítimas.

Investigação em Andamento

A investigação está a cargo da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté. O caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido no plantão da Delegacia Seccional de Taubaté.



Fonte: EBC

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