Com a nova safra, governo prevê queda nos preços dos alimentos


O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na manhã desta quarta-feira (22) que o governo federal tem expectativa de redução nos preços dos alimentos a partir da safra deste ano. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ele declarou: “Nossa expectativa é de que a safra, agora, seja muito melhor, de vários produtos, contribuindo para o barateamento dos alimentos”.

No entanto, Costa alertou que essa expectativa pode ser comprometida se os consumidores não ficarem atentos aos preços praticados no mercado. “O aumento do poder aquisitivo pode pressionar preços. Com o aumento do consumo, o vendedor, sabendo que o consumidor está com salário maior, vai testando, aumentando preços, para ver se o consumidor se dispõe a pagar cada vez mais”, explicou.

O ministro enfatizou a importância da pesquisa e da pechincha por parte dos consumidores para evitar a alta de preços. “Isso é fundamental para garantir o aumento do poder aquisitivo, porque não adianta o salário subir se os preços sobem na mesma proporção”, complementou.

A preocupação com a alta dos alimentos também foi destacada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a primeira reunião ministerial de 2025, realizada na segunda-feira (20). Lula afirmou que baixar os preços é uma das prioridades do governo federal neste ano.

Costa lembrou que a alta dos preços dos alimentos é atribuída, em parte, aos impactos climáticos que afetaram diversas áreas produtoras. Com a queda na oferta e o aumento da demanda, devido ao incremento no poder aquisitivo, os preços elevados foram uma consequência natural. Ele ressaltou que é fundamental explicar essas correlações como parte das estratégias do governo. “Precisamos mostrar a melhora da economia e do poder aquisitivo da população, mas também garantir que esses ganhos não resultem em aumento de preços”, destacou.

O ministro da Casa Civil também mencionou que a comunicação do governo precisa ser aprimorada para evitar problemas relacionados a notícias falsas. “O mundo inteiro, não só o Brasil, enfrenta um grande problema: o fortalecimento de redes sociais sem compromisso com a verdade”, afirmou. Costa acrescentou que a falta de credibilidade das notícias faz com que as pessoas não consigam distinguir entre o que é verdade e o que é mentira.

Recentemente, o ministro citou o caso do Pix, onde uma medida da Receita Federal sobre o monitoramento de movimentações financeiras gerou notícias falsas sobre cobranças de taxas, o que nunca foi anunciado pelo governo. “O Pix nunca será utilizado como elemento para apuração de renda e cobrança de tributos. Muito menos para taxação”, garantiu.

Rui Costa criticou a má-fé por trás da divulgação de fake news por pessoas que não têm compromisso com a política. “Há pessoas que se colocam na política apenas com um celular na mão, com a intenção de ‘lacrar’ e conseguir likes, sem nenhum compromisso”, lamentou.

Para enfrentar esses desafios, a estratégia do governo inclui alinhamento na comunicação sobre políticas públicas, buscando explicar as medidas antes de serem publicadas. “Não é criar um funil que burocratize ou entrave o governo. É aperfeiçoar o modelo”, afirmou. O ministro também defendeu o fortalecimento do papel dos veículos oficiais de comunicação: “Vamos fazer com que essas informações cheguem à população. Quero encerrar a entrevista fazendo um pedido: que as pessoas nos acompanhem por nossos canais oficiais e aqui, nos canais da EBC, para não caírem no conto do vigário”.



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