Cientistas descobrem as causas das tempestades de poeira que engolem Marte


Cientistas estudam tempestades de areia em Marte

Cientistas estão investigando os padrões meteorológicos que provocam as grandes tempestades de areia na superfície de Marte. Esse fenômeno pode cobrir milhões de metros quadrados do planeta e durar dias. O objetivo da pesquisa é dar o primeiro passo para prever essas condições extremas, auxiliando no planejamento de rovers que pousam no astro e nas futuras missões marcianas que podem ser afetadas por esses temporais.

Destaques da pesquisa:

  • Apresentação dos resultados: Os achados serão apresentados nesta terça-feira (10) na reunião de 2024 da União Geofísica Americana.

  • Dados utilizados: A pesquisa utilizou informações do satélite Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos).

Principais descobertas:

Os cientistas identificaram dois padrões principais das tempestades de areia:

  1. Aumento repentino na temperatura da superfície: Esse fenômeno precedeu cerca de 68% dos grandes eventos de tempestade.

  2. Periodicidade na segunda metade do ano marciano: Um ano em Marte dura 687 dias terrestres.

Heshani Pieris, estudante de pós-graduação no Laboratório de Física Atmosférica e Espacial na Universidade do Colorado, explica: “Quando você aquece a superfície, a camada de atmosfera logo acima dela se torna flutuante e pode subir, levando poeira com ela.”

Impacto das tempestades de areia

Em 2018, uma tempestade de areia enterrou os painéis solares do rover Opportunity, da NASA, levando ao seu funcionamento inadequado. Contudo, os cientistas ressaltam que a representação das tempestades no filme “Perdido em Marte” (2015), estrelado por Matt Damon, não reflete a realidade. Segundo o documento, essas tempestades não têm força suficiente para derrubar uma antena parabólica ou jogar um astronauta para o alto, como mostrado no longa-metragem.

O futuro da pesquisa em Marte

As descobertas representam um avanço significativo na previsão das condições climáticas em Marte, semelhante ao que fazemos na Terra. Futuramente, os cientistas aspiram a monitorar dados em tempo real provenientes do Planeta Vermelho, permitindo prever eventos climáticos nas próximas semanas.

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Fonte: CNN BRASIL

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