O general e ex-ministro Braga Netto foi preso na manhã deste sábado (14) pela Polícia Federal e passará por audiência de custódia, marcada para as 14h, por videoconferência. Atualmente, ele está detido na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, após ser preso em sua residência, em Copacabana.
Após a audiência, Braga Netto deverá ser transferido para uma unidade do Exército, onde ficará sob custódia. A informação inicial indica que ele será levado para o Comando Militar do Leste.
A prisão do general foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que está à frente do inquérito sobre o golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Polícia Federal, Braga Netto, um dos alvos do inquérito, estaria obstruindo as investigações, principalmente “na livre produção de prova durante a instrução do processo penal”.
Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente em 2022 na chapa com Jair Bolsonaro, é apontado como um dos principais líderes da tentativa de golpe de Estado no Brasil, com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em um recente indiciamento, a Polícia Federal citou o militar e mais 36 pessoas, destacando que Braga Netto teve “participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito”, além de ter tentado obstruir as investigações.
As apurações da PF também revelam que uma das reuniões para discutir o plano golpista, que incluía a intenção de assassinar o presidente Lula, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, ocorreu na casa do general, no dia 12 de novembro de 2022.
A Agência Brasil segue tentando contato com a defesa de Braga Netto.
Fonte: EBC