Em depoimento à Polícia Civil, Diego dos Anjos trouxe à tona a instabilidade emocional da esposa, Deise Moura dos Anjos, apontada como a principal suspeita no caso do bolo envenenado que resultou na morte de três pessoas em Torres, no Rio Grande do Sul. Segundo informações obtidas pela CNN, Diego descreveu Deise como uma pessoa que "vai do 8 ao 80 muito rápido", evidenciando sua natureza explosiva.
Diego relatou um desentendimento com Deise no dia 21 de novembro de 2024, quando ela desejava que sua sogra, Zeli dos Anjos, passasse o Natal com a família, enquanto Zeli preferia estar com suas irmãs. O marido mencionou que, após a discussão, ele deixou a casa e foi para a residência de sua mãe em Canoas, retornando apenas no dia 25 de novembro.
Durante o depoimento, Diego afirmou que não acredita que Deise tenha envenenado a farinha utilizada no bolo. A família reside em Nova Santa Rita, enquanto Zeli possui casas em Canoas e Arroio do Sal. A tragédia ocorreu no apartamento de Maida, uma irmã de Zeli, em Torres.
Na sequência, a polícia confirmou que Zeli também foi vítima da situação. Ela ficou internada em estado estável na UTI do Hospital Senhora dos Navegantes, mas recebeu alta em 10 de janeiro. Além de Zeli, Neuza Denize Silva dos Anjos, irmã de Zeli, e Tatiana Denize, sobrinha, também faleceram em decorrência do envenenamento. Matheus, filho de uma das vítimas, sobreviveu e foi liberado do hospital, embora tenha ingerido o bolo envenenado.
Citações em Destaque:
- "Deise sempre foi briguenta, se irritando constantemente com situações pequenas com as outras pessoas."
- "Achei a farinha estranha" – Zeli dos Anjos.
Zeli detalhou o processo de preparo do bolo, informando que utilizou farinha que estava embaixo da pia e que não percebeu qualquer cheiro ou sabor incomum na massa. Ela também mencionou que não adicionou fermento ao bolo e acreditou que a farinha era de baixa qualidade por ser de doação.
Além do caso do bolo, a polícia investiga a morte de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise, que também foi envenenado com arsênio, desta vez misturado ao leite em pó. Deise foi presa em 5 de janeiro, e sua defesa informou que permanece recolhida sob prisão temporária enquanto as investigações continuam.
O caso levanta questões sobre intrigas familiares e motivações obscuras que podem ter levado a essa tragédia, com a polícia ainda buscando elucidar todos os fatos envolvidos.