Governo federal lança campanha Feminicídio Zero na Sapucaí


Campanha Feminicídio Zero na Sapucaí: Um chamado à ação contra a violência

Na última sexta-feira (7), o Ministério das Mulheres lançou a campanha Feminicídio Zero na Sapucaí, no Rio de Janeiro. Com a mensagem central "nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada", a iniciativa visa conscientizar os foliões sobre a importância do respeito e da segurança durante o carnaval.

Ações da Campanha

Peças da campanha serão exibidas em diversos locais do Sambódromo, incluindo:

  • Painéis e faixas na avenida, que serão carregadas por mulheres.
  • Adesivos nas portas dos banheiros.
  • Materiais gráficos distribuídos durante o carnaval.

A ação conta com a parceria do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). As mensagens têm como objetivo lembrar que o carnaval é um momento de celebração e não de assédio.

A Voz da Ministra das Mulheres

"Para ter igualdade, precisamos estar vivas, inteiras, sem ser violentadas e estupradas. Acredito que é possível mudar a sociedade brasileira para que ela não seja de violência, mas de respeito às mulheres. Temos feito nossa parte com política pública e investimento em recursos. Mas só isso não basta. Cada ser humano deve entender que isso é um problema de todos. Precisamos ouvir o grito das mulheres e das crianças", afirmou Cida Gonçalves, ministra das Mulheres.

Mobilização Nacional

A campanha Feminicídio Zero é uma mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres, abordando várias frentes de atuação, incluindo comunicação ampla, implementação de políticas públicas e engajamento de influenciadores.

"Violência é uma questão de saúde. O SUS não precisa lidar apenas com o impacto da violência. O papel da saúde é também se somar à prevenção. Não queremos a necessidade de ter mais salas de acolhimento. Porque a prevenção é fundamental", destacou Nísia Trindade, ministra da Saúde.

Unindo Forças contra a Violência

"A razão de estarmos aqui juntos é lembrar que nós temos que nos unir para lutar contra a violência. Feminicídio começa com vários sinais. Não podemos nos calar. E no carnaval vamos marcar fortemente essa luta, que precisa ser de todos contra o machismo e misoginia na sociedade", acrescentou Nísia.

"Nenhum tipo de violência ou assédio é normal e aceitável. Seguimos reafirmando essa luta para que toda mulher do país seja livre e respeitada. O carnaval é feito a muitas mãos por mulheres negras trabalhadoras. É uma luta que começou há muito tempo. Enquanto for normal ver mulher sendo assassinada e silenciada, a gente precisa lutar cada vez mais", disse Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial.

Engajamento da Prefeitura

A prefeitura do Rio de Janeiro também se envolve nas ações durante o carnaval, considerando a festa uma oportunidade de aumentar o engajamento da sociedade com a pauta. "Essa violência de que falamos, aflige todas nós em algum momento da vida. Queremos promover políticas transformadoras. Esse ano, o sábado das campeãs cai no dia 8, o Dia Internacional da Mulher, e é mais uma oportunidade para defender essa causa e fazer uma cidade mais segura para as mulheres", concluiu Joyce Trindade, secretária de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro.

Central de Atendimento à Mulher

Em todas as peças da campanha, será divulgada a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que também está disponível no WhatsApp: (61) 9610-0180.



Fonte: EBC

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