Sem alarde, Pimentel resolve a questão do aterro Fazenda Rio Grande


O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), deu um passo significativo ao destravar o primeiro nó da sua gestão. A partir desta terça-feira (4), as obras de expansão do aterro sanitário de Fazenda Rio Grande serão retomadas, com a unificação dos dois maciços de resíduos, e isso permitirá um aumento na vida útil do local.

O último obstáculo para a continuidade da obra foi superado nesta segunda-feira (3), quando o Ibama autorizou a ação de expansão, essencial para evitar um colapso, uma vez que o aterro se aproxima do limite de sua capacidade. O Tribunal de Justiça do Paraná já havia derrubado uma decisão de primeira instância que suspendia o licenciamento emitido pelo Instituto Água e Terra (IAT). Com a anuência do Ibama, a questão judicial quase se extingue.

A liberação do aterro foi uma prioridade para o prefeito nos últimos dias. Em uma ação discreta, mas eficaz, Eduardo Pimentel viajou a Brasília na semana passada, acompanhado da secretária do Meio Ambiente, Marilza Dias. Durante a reunião, Pimentel se sentou à mesa com a cúpula do Ibama e apresentou um estudo detalhado realizado pelo Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (Conresol), que analisou mais de 14 alternativas para a destinação do lixo das 29 cidades da Grande Curitiba. O estudo levou em consideração capacidades, impactos ambientais, distâncias e custos econômicos. A unificação do aterro em Fazenda Rio Grande se revelou a melhor opção.

Com essa nova abordagem, o aterro ganha uma sobrevida de seis anos. Após a reunião em Brasília, a liberação da obra foi confirmada. O documento autorizativo foi assinado pelo presidente do Ibama, Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça, com ressalvas relacionadas à supressão da vegetação. A empresa Estre, que administra o aterro, terá que cumprir com as medidas ambientais compensatórias, que incluem a criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e a recuperação da vegetação em uma área de 52,6 hectares na Mata Atlântica, o que representa cinco vezes a área a ser desmatada para a unificação.

Com essa estratégia, o prefeito Eduardo Pimentel demonstra um estilo de gestão focado na negociação e na busca por soluções viáveis para a cidade.



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