Mercado financeiro projeta inflação de 5,51% este ano


A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, sofreu uma leve alteração, passando de 5,5% para 5,51% em 2023. Essa informação foi divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (3), uma pesquisa semanal do Banco Central (BC) que reúne as expectativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.

Projeções de Inflação

A recente mudança na projeção representa um aumento em relação a quatro semanas atrás, quando a expectativa era de que a inflação fechasse o ano em 4,99%. Para os anos seguintes, as previsões também foram ajustadas:

  • 2026: de 4,22% para 4,28%
  • 2027: 3,9%
  • 2028: 3,74%

A estimativa atual para 2023 está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

Produto Interno Bruto (PIB)

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país, a projeção do mercado financeiro se mantém em 2,06% para este ano, a mesma da semana passada. Quatro semanas atrás, a expectativa era de um crescimento de 2,02%. As previsões para os próximos anos são:

  • 2026: 1,72%
  • 2027: 1,96%
  • 2028: 2%

Taxa Selic

No que diz respeito à taxa básica de juros, a Selic, o Boletim Focus manteve a projeção de 15% para 2023, uma taxa que se mantém estável há quatro semanas. As projeções futuras são:

  • 2026: 12,5%
  • 2027: 10,38%
  • 2028: 10%

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a Selic como principal instrumento. Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 13,25% ao ano, a maior taxa desde setembro de 2023. Essa foi a quarta alta consecutiva, justificada pela incerteza em relação à inflação e à economia global, além da recente valorização do dólar e dos gastos públicos.

O aumento da Selic foi criticado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que destacou o impacto negativo sobre a geração de empregos. A elevação dos juros encarece o crédito e desestimula tanto a produção quanto o consumo, dificultando o crescimento econômico.

Câmbio

Por último, a previsão para o câmbio é de R$ 6 tanto para este ano quanto para 2026. Para 2027, a expectativa é de uma leve queda para R$ 5,93, com uma nova alta prevista para R$ 6 em 2028.

Essas informações refletem um panorama desafiador para a economia brasileira, com a inflação acima da meta, juros elevados e um crescimento moderado.



Fonte: EBC

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