O Congresso Nacional se prepara para um dia decisivo neste sábado (1º), quando os novos líderes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal serão escolhidos para o biênio 2025-2026. A eleição no Senado está agendada para começar às 10h, enquanto a da Câmara tem início previsto para as 16h. Além da presidência, serão definidas as composições das mesas diretoras de ambas as Casas Legislativas.
No Senado, os senadores não apenas escolherão o presidente, mas também elegerão dois vice-presidentes e oito secretários (quatro titulares e quatro suplentes). A primeira etapa do processo inclui uma reunião preparatória onde os candidatos formalizam suas candidaturas na Secretaria-Geral da Mesa. O atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), irá anunciar as candidaturas ao plenário, após o que os candidatos terão a oportunidade de discursar e apresentar suas propostas.
As regras do Senado permitem que renúncias possam ocorrer durante os discursos, que são exclusivos para os candidatos à presidência. Após as apresentações, a votação secreta será realizada em cabines, com cédulas que incluem os nomes dos candidatos. A apuração será conduzida pelo atual presidente e seus auxiliares, e vencerá quem obtiver a maioria absoluta dos votos.
Até o fechamento desta reportagem, quatro senadores se destacavam na disputa pela presidência: Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE). O novo presidente tomará posse imediatamente após a vitória, iniciando a convocação para a segunda reunião, onde serão escolhidos os demais integrantes da mesa.
Na Câmara dos Deputados, a situação é igualmente competitiva. Até o momento, três candidatos haviam oficializado suas intenções de disputar a presidência: Hugo Motta (Republicanos-PB), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS). O prazo para a formalização das candidaturas se encerra às 13h30, enquanto a formalização dos blocos parlamentares vai até às 9h do mesmo dia. Uma reunião de líderes ocorrerá às 11h, antes da sessão conjunta do Congresso, marcada para as 15h.
Assim como no Senado, o vencedor na Câmara precisará de maioria absoluta (257 votos) para ser eleito em primeiro turno. Se necessário, um segundo turno será realizado, onde o candidato mais votado poderá assumir a presidência pelos próximos dois anos.
Os partidos têm a opção de formar blocos, visando aumentar sua representatividade e influência na distribuição das presidências das comissões e da Mesa Diretora. O mandato das comissões será de quatro anos, enquanto a Mesa Diretora terá um período de dois anos.