Cristina Graeml está prestes a se filiar ao Podemos, com um anúncio oficial programado para os próximos dias. A decisão foi consolidada após uma série de reuniões realizadas ao longo desta semana. A jornalista havia deixado o PMB, um partido considerado pequeno e controverso, em dezembro, após uma destacada participação na disputa pela prefeitura de Curitiba, onde conseguiu avançar para o segundo turno, enfrentando Eduardo Pimentel (PSD).
Uma fonte próxima ao Blog Politicamente revelou que as negociações foram conduzidas pelo presidente do Podemos no Paraná, Gustavo Castro, juntamente com a presidente nacional da legenda, Renata Abreu, e com o conhecimento do ex-senador Álvaro Dias. Neste momento, os detalhes sobre a filiação, como data e formato de formalização, estão sendo discutidos.
Além disso, Eduardo Pedrozo, que coordenou a campanha de Cristina na eleição de 2024, também se filiará ao Podemos, com planos de concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná nas próximas eleições. A expectativa é que Cristina Graeml tenha como objetivo uma candidatura ao Senado Federal. Embora não haja um compromisso oficial do partido em relação a essa candidatura, há indícios de que seu nome está sendo considerado. “Tudo indica que será candidata ao Senado”, afirma a fonte.
O comando do partido, tanto em Curitiba quanto no Paraná, permanece inalterado. A filiação de Cristina ao Podemos altera o cenário político, especialmente em relação a uma possível coligação com o senador Sergio Moro (União Brasil). As expectativas de uma parceria entre eles, com Moro como candidato ao Palácio Iguaçu, foram frustradas, uma vez que a relação entre o Podemos e Moro se deteriorou após sua saída conturbada da legenda.
A entrada da jornalista no Podemos pode, de certa forma, aproximá-la do governador Ratinho Junior e do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, que foram alvos de sua campanha nas eleições municipais. O Podemos, sendo aliado de ambos, pode propiciar uma nova dinâmica nas próximas eleições, especialmente se estiver coligado com a candidatura do sucessor de Ratinho, criando um cenário em que antigos adversários possam compartilhar o mesmo palanque em 2026.
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