Prévia da inflação desacelera e fica em 0,11% em janeiro, diz IBGE


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma inflação de 0,11% em janeiro, apresentando uma desaceleração em relação ao mês anterior, que foi de 0,34% em dezembro de 2024. Este resultado é o menor para um mês desde julho de 2023, quando a inflação negativa foi de 0,07%, e também representa o menor índice para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado dos últimos doze meses, o IPCA-15 soma 4,5%, exatamente no limite máximo da meta de inflação do governo, que era de 4,71% em dezembro.

Desaceleração da Inflação

A desaceleração observada em janeiro indica que, embora os preços tenham subido, essa alta ocorreu em um ritmo mais lento. A pressão sobre o IPCA-15 veio principalmente dos preços dos alimentos e das passagens aéreas, enquanto o custo da habitação recuou, impulsionado pela queda na conta de luz.

Pressão de Alimentos

Oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta, sendo que o grupo de alimentos e bebidas teve um aumento de 1,06%, representando um peso de 0,23 ponto percentual (p.p.) no índice. Itens que mais contribuíram para essa alta incluem:

  • Refeição: +0,96% (peso de 0,04 p.p.)
  • Café moído: +7,07% (peso de 0,03 p.p.)
  • Tomate: +17,12% (peso de 0,03 p.p.)

Os transportes foram o segundo grupo com maior pressão no custo de vida, com uma expansão de 1,01% e peso de 0,21 p.p..

Alívio na Conta de Luz

O único grupo que apresentou taxa negativa foi o de habitação, com uma queda de 3,43% e peso de -0,52 p.p.. Essa redução é atribuída à energia elétrica, que teve uma regressão de 15,46%, beneficiada pelo Bônus de Itaipu, um desconto na conta de luz dos consumidores. Este efeito resultou em uma diminuição de 0,6 p.p. na prévia da inflação.

Aumento nas Passagens Aéreas

Entre os itens que mais impactaram a inflação, as passagens aéreas se destacaram, com uma alta de 10,25%, contribuindo com 0,08 p.p. para o IPCA-15. No grupo de transportes, os combustíveis subiram 0,67% e, em várias capitais, os reajustes nas tarifas rodoviárias levaram o subitem ônibus urbano a uma variação de 0,46%.

Meta de Inflação

A diferença entre o IPCA-15 e o IPCA fechado está no período de apuração dos preços e na abrangência da pesquisa. O IPCA-15 pesquisou valores entre 13 de dezembro de 2024 e 14 de janeiro de 2025 em 11 localidades, enquanto o IPCA fechado incluirá dados de 16 localidades em datas específicas dentro do mês.

O IPCA fechado será divulgado no dia 11 de fevereiro. É com base nele que o Banco Central monitora a meta de inflação, que para 2025 é de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em 2024, o país encerrou com um IPCA de 4,83%, acima da meta, que tinha um limite de 4,5%. A partir deste ano, a meta será avaliada com base nos 12 meses imediatamente anteriores e não apenas no resultado final de dezembro, sendo considerada descumprida se extrapolar o intervalo de tolerância por seis meses consecutivos.



Fonte: EBC

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