Nissan deve triplicar lucros e se desvincular da Renault para se fundir com a Honda


A fusão entre Nissan, Honda e, possivelmente, Mitsubishi, pode transformar a indústria automotiva global. Essa união não só pretende criar a terceira maior montadora do mundo, como também revitalizar a Nissan, que enfrenta uma grave crise econômica.

Desempenho Financeiro Preocupante

Recentemente, a Nissan viu seus lucros operacionais despencarem em 90,2%, caindo de US$ 2,3 bilhões para apenas US$ 225 milhões. O lucro líquido da empresa teve uma queda ainda mais drástica, de 93,5%, passando de US$ 2,02 bilhões para US$ 131 milhões. Esses números alarmantes evidenciam a necessidade urgente de uma reestruturação.

Metas Ambiciosas

Segundo o jornal japonês Nikkei Asia, o grupo resultante da fusão poderia gerar até US$ 19 bilhões em lucros anuais, mas para isso, a Nissan precisaria alcançar um lucro de US$ 3,8 bilhões a longo prazo. Sem uma estratégia sólida para triplicar seu lucro até 2026, a fusão poderá enfrentar sérios desafios.

“A integração não será realizada a menos que a Nissan e a Honda a executem como duas empresas capazes de se manterem independentes”, afirmou Toshihiro Mibe, presidente da Honda.

Situação Financeira da Honda

Em contraste, a Honda apresenta uma saúde financeira mais robusta, com um lucro operacional de US$ 9,1 bilhões em 2024. Isso destaca ainda mais a disparidade entre as duas montadoras, uma vez que a Nissan viu seu lucro cair 74% em relação ao ano anterior.

Produção e Vendas

Com os cortes e replanejamentos, a Nissan pode produzir 4 milhões de veículos anualmente. De acordo com Makoto Uchida, chefe da Nissan, a empresa pode ser lucrativa se vender pelo menos 3,5 milhões de unidades em 2025.

Fases da Fusão

Os detalhes finais da fusão devem ser decididos até metade deste ano, com a Mitsubishi confirmando sua participação até o final de janeiro. A conclusão da fusão está prevista para agosto de 2026, quando a nova empresa poderá ser listada na Bolsa de Tóquio.

Relação com a Renault

A Honda demonstrou interesse em se unir às montadoras japonesas, mas não deseja a participação da Renault, que possui 35,7% da Nissan. Informações da Bloomberg indicam que a Honda busca comprar de volta essas ações, embora isso represente um desafio financeiro, custando cerca de US$ 3,5 bilhões à Nissan.

A Honda está atenta aos rumores sobre a Foxconn, que estaria interessada na participação da Renault na Nissan, o que poderia complicar os planos de fusão.

“Consideraremos todas as ações com base no interesse do grupo e seus acionistas”, afirmou um representante da Renault sobre a fusão.

Potencial de Crescimento

Se a fusão entre as três montadoras se concretizar, um novo grupo automotivo no valor de US$ 57 bilhões poderá ser formado. Embora esse valor seja inferior ao da Toyota, avaliada em US$ 276 bilhões, a união das três empresas asiáticas pode ser um passo significativo para consolidar a posição no mercado global.

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