O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, tomou posse do seu segundo mandato na tarde desta quarta-feira (1º), em uma cerimônia realizada na Câmara Municipal. Após a formalização de sua posse, Nunes participou de um evento comemorativo no Theatro Municipal, onde deu posse aos membros de seu secretariado.
Durante os discursos no Theatro Municipal, a ênfase foi em uma gestão que prioriza a qualidade do atendimento aos cidadãos. Nunes destacou os programas que foram prioritários em sua primeira gestão, mas evitou abordar temas sensíveis, como o aumento da tensão em setores do funcionalismo, as denúncias relacionadas à Guarda Civil Metropolitana, a corrupção em empresas de ônibus, a terceirização de serviços e as críticas sobre a distribuição de energia elétrica.
Ricardo Nunes foi reeleito no segundo turno das eleições em São Paulo, com 59,35% dos votos válidos, o que representou a escolha de 3.393.110 eleitores. Esse resultado foi pouco mais de um milhão de votos à frente do segundo colocado, o deputado estadual Guilherme Boulos (Psol). O prefeito assumiu a prefeitura em 2021, após a morte de Bruno Covas (PSDB), e atuou como vereador de 2013 até 2020.
A cerimônia de posse dos 55 vereadores da capital paulista ocorreu de forma tranquila, embora tenha havido uma breve discussão quando Zoe Martínez (PL) mencionou o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, provocando reações da plateia. O vereador Eliseu Gabriel, que presidiu a sessão, comentou: “Começou cedo”.
Durante a cerimônia, Ricardo Nunes e seu vice, coronel Ricardo Mello Araújo, leram os termos de compromisso com a Casa. Mello, em seu discurso, também fez menção a Bolsonaro e falou sobre a importância de trabalhar em conjunto. Ele destacou sua experiência na Ceagesp e na Polícia Militar.
Nunes, em sua fala, cumprimentou autoridades e elogiou o trabalho de Milton Leite, presidente da Câmara na gestão anterior, que não se candidatou à reeleição. O prefeito recordou o discurso de vitória conciliador e mencionou a necessidade de reformas em pontes e viadutos da capital, assim como a parceria com o governador Tarcísio de Freitas.
Após a cerimônia de posse, ocorreu a eleição do vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) como presidente da Câmara paulistana, com parte dos votos da oposição, exceto a bancada do Psol, que apresentou a candidatura de Celso Giannazzi.