A Fiat Toro 2.0 turbodiesel foi banida da frota da mineradora Vale devido a preocupações de segurança. Um comunicado recente da empresa destacou casos de desligamento repentino do motor enquanto a picape estava em movimento nas operações da mineradora.
Desligamento do Motor Representa Risco Significativo
A Vale, uma das maiores empresas de mineração do mundo, possui mais de 3.000 veículos em sua frota, que inclui carros de passeio, picapes e utilitários. No comunicado, a mineradora enfatizou que o desligamento dos veículos em movimento representa um risco significativo de acidentes. Apesar de terem sido estabelecidas ações para evitar o problema, os incidentes continuaram a ocorrer, com relatos de veículos parando dentro das minas da empresa.
“Ressaltamos que mesmo após diversas tentativas de obter um parecer técnico da montadora, não tivemos um retorno formal sobre as causas dessas falhas”, afirmou a Vale, que determinou a substituição imediata de todas as Fiat Toro 4×4 a diesel, independentemente de serem de locadoras.
Adicionalmente, a decisão da Vale impede a incorporação de qualquer outra Fiat Toro 4×4 a diesel à sua frota.
Prioridade na Segurança dos Trabalhadores
A QUATRO RODAS entrou em contato com a mineradora para entender melhor a extensão dessa decisão e quantas unidades da Toro estavam na frota. A Vale reiterou que a decisão foi tomada em função da segurança de seus trabalhadores.
“A Vale adota medidas rigorosas de controle e gestão de frotas para minimizar riscos potenciais. A segurança das pessoas é prioridade absoluta na empresa”, destacou a mineradora.
Resposta da Stellantis
A fabricante da Fiat Toro, Stellantis, também foi procurada para esclarecer a situação. A empresa revelou que analisou algumas unidades problemáticas e identificou contaminação por minério no diesel utilizado nos veículos.
“A empresa verificou também alterações nas características originais do produto, como troca de componentes por peças não genuínas, com especificações distintas das preconizadas pela fábrica e o bocal do tanque de combustível com avarias que podem ter contribuído para a contaminação com minério”, afirmou a Stellantis.
Além disso, um dos veículos analisados apresentava “fluidos não recomendados, como a mistura de Diesel no tanque de ARLA 32”, uma solução de ureia usada em veículos a diesel para reduzir a emissão de poluentes.
Compromisso com a Qualidade
A Stellantis enfatizou que todos esses fatores podem influenciar o bom funcionamento dos veículos, levando aos problemas relatados pela mineradora. A empresa já está em contato com a Vale para entender melhor a situação e contribuir para a adequada utilização do produto.
“O relato deste inconveniente não é comum entre nossos clientes, proprietários do mesmo modelo, no uso cotidiano. A Stellantis reitera que seus produtos passam pelos mais rígidos testes e um extenso processo de homologação, atendendo e superando assim a todas as normas dos mercados onde seus veículos são comercializados”, concluiu a fabricante.
A situação evidencia a importância da segurança nas operações da Vale e a necessidade de manutenção rigorosa dos veículos utilizados em suas atividades.